O livro “A Sordidez das Pequenas Coisas”, de Alê Garcia, foi selecionado pela Editora Dublinense para compor o projeto Literatura sem Fronteiras: descobertas literárias nas bibliotecas gaúchas, iniciativa realizada com recursos da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), por meio do Ministério da Cultura e do Governo Federal, com apoio da Secretaria de Estado da Cultura do Rio Grande do Sul (Sedac-RS)
A ação distribuiu 3.500 livros, de 25 títulos nacionais e estrangeiros, para 100 bibliotecas públicas e comunitárias de todas as regiões do estado. Entre as obras contempladas estão nomes como Buchi Emecheta, Ágota Kristóf, Sandra Cisneros e o próprio Alê Garcia, representando o Brasil com sua coletânea de contos que examina as complexidades das relações humanas, a negritude e o cotidiano sob uma lente literária afiada.

Reconhecimento literário e trajetória criativa
Com esse marco, Alê Garcia reafirma sua posição como uma das principais vozes da literatura e da cultura contemporânea do país. Finalista do Prêmio Jabuti e vencedor do Prêmio Fundação Biblioteca Nacional, o autor é também sócio e Chief Creative Officer da Casablack, hub criativo que une cultura, dados e comportamento para impulsionar negócios e construir narrativas culturalmente relevantes.
Além de escritor, Alê é publicitário, palestrante, apresentador e criador de conteúdo, reconhecido pela Forbes como um dos 20 creators negros mais inovadores do Brasil e pela Bantumen como uma das 100 personalidades mais influentes da lusofonia. Sua atuação no campo da comunicação e da cultura o torna uma das figuras mais relevantes no diálogo entre literatura, cultura negra e branding pessoal.

Cultura, leitura e cidadania
A presença de “A Sordidez das Pequenas Coisas” em acervos públicos de todo o Rio Grande do Sul reforça o impacto de uma literatura que fala a partir da experiência negra e da observação sensível das tensões sociais brasileiras. O feito também simboliza um retorno simbólico às origens do autor — um gaúcho que transformou sua trajetória pessoal em potência criativa e intelectual, hoje presente nas principais discussões sobre representação, identidade e cultura.
Como afirmou uma das bibliotecas contempladas, “nunca as bibliotecas públicas receberam tantos livros”. A distribuição das obras é mais do que um gesto de fomento à leitura: é um ato de democratização do acesso à literatura e à diversidade de vozes que compõem o cenário contemporâneo.
A editora por trás da iniciativa
Fundada em 2009, em Porto Alegre — e hoje também com sede em São Paulo —, a Dublinense nasceu com o espírito de experimentação, navegando livremente entre gêneros e linguagens. Ao longo dos anos, consolidou-se como uma das editoras mais inquietas e consistentes do país, com foco na ficção e não ficção literárias.
Em seu catálogo estão autoras e autores como Natalia Borges Polesso, Julia Dantas, Afonso Cruz e José Luís Peixoto, nomes que, assim como Alê Garcia, exploram temas urgentes do nosso tempo com profundidade e sensibilidade. A Dublinense aposta em vozes diversas, contemporâneas e relevantes, que ampliam o repertório cultural brasileiro e fazem da literatura um espaço de descoberta e transformação.
 
             
     
     
     
     
          
             
             
             
           
     
     
     
     
     
     
     
     
