No maior palco da criatividade mundial, a conexão entre música, marca e cultura se destacou como força propulsora de impacto e inovação. Gil Viana, CEO da Casablack, integrou o júri da categoria Entertainment Lions for Music no Cannes Lions 2025 e, em entrevista ao programa Reclame, compartilhou os bastidores da escolha da campanha vencedora do Grand Prix: Tracking Bad Bunny, criada pela DDB Latina Puerto Rico para Rimas Music.
A peça transformou o anúncio do novo álbum de Bad Bunny em uma experiência interativa global. Através do Google Street View, fãs foram convidados a descobrir, em diferentes locais de Porto Rico, os nomes das faixas do disco — como em uma caça ao tesouro digital. O projeto ativou o orgulho cultural do território porto-riquenho com uma execução criativa que elevou o lançamento ao status de movimento coletivo.
Gil destacou o quanto a campanha se destacou não apenas pela execução impecável e pela força do artista envolvido, mas pelo que ela simboliza. “A peça vencedora do Grand Prix não veio do Brasil, dos Estados Unidos ou da Europa. Veio de Porto Rico — um território da América Latina que enfrenta inúmeros desafios, especialmente em sua relação com os Estados Unidos. Os latinos têm sofrido muito. Por isso, ver uma peça de Porto Rico ganhar em Cannes, nessa categoria, representa muito. Fala sobre conexão, cultura, respeito, espaço. E, principalmente, sobre fortalecimento. Fortalecimento da cultura. Fortalecimento da música.”
Ela também compartilhou como a diversidade do júri ampliou o nível da discussão: “Essa coisa da conexão — de falar sobre vários assuntos e usar a música como ponte entre as pessoas — se refletiu diretamente no júri do qual fiz parte: um grupo extremamente diverso, com pessoas de várias partes do mundo, com perspectivas completamente diferentes. A discussão foi muito rica. Enquanto eu analisava tudo a partir da minha cultura brasileira, outros vinham da China, do Japão, da Coreia… Essa troca foi poderosa. Todas as peças finalistas ao Grand Prix eram impressionantes. A escolha foi difícil porque havia muita coisa boa.”
A decisão do júri foi corroborada pelo presidente da categoria, Seiya Matsumiya, CEO da Black Cat White Cat Music, que reforçou que Tracking Bad Bunny foi a única peça que uniu originalidade, impacto cultural e ruptura de formatos. “Ela trouxe orgulho para toda a América Latina. É única, tem um enorme impacto cultural, rompe limites e é uma declaração poderosa. Foi por isso que escolhemos essa peça.” Segundo ele, o Grand Prix foi entregue de forma única porque nenhuma outra campanha apresentou um posicionamento tão provocativo e claro.
A participação de Gil Viana reforça a presença da Casablack como hub criativo de relevância internacional, com atuação direta nas decisões que moldam os rumos da comunicação contemporânea. O reconhecimento de uma campanha que alia inovação, território e estratégia não apenas inspira, mas sinaliza os caminhos da criatividade conectada ao mundo real.