Já falamos como  soul music se origina na comunidade afromericana nos anos 50, combinando elementos de vários gêneros que vinham ascendendo desde então: o rhythm an blues, o gospel e o jazz. Foi um gênero que rapidamente se tornou popular para ouvir e dançar, tornando influentes gravadoreas como Motown, Atlantic e Stax. E sua ascensão se deu durante pleno Movimento dos Direitos Civis.

No episódio cinco, eu contei como a black music, por meio de expoentes de um soul repleto de brasilidade, tomou a indústria fonográfica aqui no país, nos ano 70. Passeamos por Jorge Ben, Wilson Simonal, Tim Maia, Tony Tornado, Gerson King Combo, entre diversos outros que dominaram a cena até meados dos anos 80.

Mas e depois disso, pra onde foi o nosso soul, o nosso balanço Brasil? E pra contar os próximos passos desta história, que este episódio existe.

 

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Sobre o podcast

Como nasceu a black music? Quem são os grandes nomes do funky, do soul, do rap? Como a música negra evoluiu para o que consumimos hoje? Como o Brasil recebeu a black music nos anos 70? Gerson King Combo, Tim Maia, Jorge Ben, Tony Tornado. Quem foram os artistas que adotaram o black pra fazer da Black Rio um expoente da cultura afro no Brasil? Furacão 2000 e Soul Grand Prix, donas das festas fundamentais para que a soul music, sob influência do funk, pudesse cravar suas raízes definitivas em nosso país, fazendo os bailes ganharem força nos ano 80. Num primeiro momento, as realidades das comunidades. Depois, os bondes: Bonde do Tigrão, MC Marcinho, Tati Quebra Barraco e muitos, muitos outros. Corta para os anos 2000: o funk ostentação traz uma nova roupagem. É tempo de MC Guimê, MC Livinho, MC Gui, cantando sobre carros importados, roupas de marca, festas e mulheres bonitas. E como tudo que é bom é absorvido pelo pop, nomes como Anitta, Ludmilla, Lexa e MC Rebecca dão continuidade, incrementando o funk e o popularizando como um dos gêneros mais tocados no Brasil. Mas o soul mais próximo da sua origem sempre deixou sua marca naqueles descendentes de Tim Maia. Estão aí Ed Motta, Wilson Simoninha, Max de Castro, Leo Maia e tantos outros que não nos deixam mentir. Mas e depois disso? Pra onde a black music vai?

Equipe

Alê Garcia
Alê Garcia Co-fundador e Chief Creative Officer da Casablack. Um dos 20 creators negros mais inovadores do país segundo a Forbes. Uma das 100 Personalidades Negras Mais Influentes da Lusofonia segundo a Bantumen. Finalista do Prêmio Jabuti, ganhador do Prêmio Fundação Biblioteca Nacional, Profissionais do Ano da Rede Globo, entre outros.

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