Poucos aspectos da história norte-americana são tão opacos quanto a história do Partido dos Panteras Negras. Sua incrível trajetória de ascensão e queda, e o encerramento definitivo das atividades, em 1982, de forma praticamente anônima, vem sendo disputada e fixada por duas narrativas principais: a primeira narrativa, sustentada pelo FBI e repercutida pela cobertura jornalística, minimiza os Panteras Negras a uma ameaça à segurança nacional.
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Já a segunda narrativa é sustentada por todos aqueles associados aos estudos afro-americanos, e vincula os Panteras Negros a um projeto de busca da unidade e do orgulho racial.
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As duas narrativas são redutoras da complexidade sobre as contribuições, convicções e lutas dos Panteras Negras, a organização militante de poder negro mais influente da sua época. Embora haja tantas referências icônicas aos Panteras, que o diga a saudação de punhos erguidos e o imperativo de Black is Beautiful, ninguém mantém ou deve reivindicar o seu espólio, principalmente os promotores da chamada ‘thug life’, tão sedentos em atrelar o legado dos Panteras Negras a um sistema comercial e capitalista, tão distante da agenda e crenças do partido.
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O Partido dos Panteras Negras lançou mais de 35 Programas de Sobrevivência e forneceu ajuda à comunidade, como educação, teste de tuberculose, abrindo clínicas de saúde gratuitas em uma dúzia de cidades atendendo milhares de pessoas que não podiam pagar, além de assistência jurídica, assistência de transporte, serviço de ambulância e a fabricação e distribuição de calçados gratuitos para pessoas pobres.
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É fácil relacionar o poder da organização ao vertiginoso crescimento de uma estrutura que se mostrou tão organizada quanto o Partido dos Panteras Negras. Rapidamente, eles cresceram de uma estrutura baseada em Oakland para uma organização internacional com sedes em 48 estados na América do Norte e grupos de apoio no Japão, China, França, Inglaterra, Alemanha, Suécia, Moçambique, África do Sul, Zimbábue, Uruguai e outros lugares.
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É pra conhecer mais a história dos Panteras Negras que existe este episódio de Negro da Semana.
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ESTE EPISÓDIO FAZ USO EDITORIAL DAS SEGUINTES MÚSICAS e ÁUDIOS:
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“Give More Power To The People” – Chi Lites https://open.spotify.com/track/0dVabf3Sm1uHODq1vz2Lts?si=cd654fc3bfa545be
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“We Know We Have To Live Together” – Eugene Blacknell
https://open.spotify.com/track/6MFpzoxHlwKhyv4UglbTY9?si=86169e36feb44e23
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“Flower Child”- David Ruffin
https://open.spotify.com/track/4hfWMvy24fC8ARALw0K81f?si=b372eacccf8c43cd
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“Plastic Man”- The Temptations
https://open.spotify.com/track/4grYbgvt7AoHGZnvV4jaUS?si=43b6b23f66c4460d
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“Help the People” – Reuben Howell
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“Blowin in the Wind”- Bob Dylan
https://open.spotify.com/track/18GiV1BaXzPVYpp9rmOg0E?si=fd0cf34b710b4819
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“My People Hold On”- Eddie Kendricks
https://open.spotify.com/track/5zKAlrdrdEkBkylhwT3cqH?si=0d83901066a84ee0
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“Pronunciamento de J. Edgar Hoover sobre The Black Panthers Party”
https://www.youtube.com/watch?v=GfKK2RsDglU
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“Black Maybe” – Syreeta
# - NEGRO DA SEMANA Edição Especial: Panteras Negras
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