Levantar questionamentos, debater sobre discriminação, igualdade social, inclusão de negros e construção de estereótipos. Relembrar, enaltecer e homenagear figuras fundamentais da nossa luta.
Novembro, mês da Consciência Negra, é o momento propício para tudo isso. É assim que a gente valoriza a nossa cultura.
E é isso o que eu, aqui no Negro da Semana busco fazer. E neste mês a JTI, que também sabe da importância de enaltecermos a nossa cultura, está ao meu lado.
Vamos fazer isso neste episódio enaltecendo a figura de Lázaro Ramos, esse ator e escritor que é referência para pessoas negras de todo o Brasil.
O artista baiano conseguiu nas últimas décadas se destacar de forma quase simultânea no cinema, no teatro e na TV.
Autointitulado “exceção que confirma a regra”, o ator se tornou também – juntamente com a esposa Taís Araújo – uma voz popular na militância pela igualdade racial no País. Dessa condição nasceu seu trabalho, o livro Na Minha Pele.
Lázaro Ramos tem conseguido trazer o tema desde suas obras infantis, que são um sopro de pluralidade para as crianças na literatura. Livros que não falam exatamente sobre racismo, mas falam sobre identidade, autoestima.
Com sua carreira, sua construção na literatura e na sua busca em seu programa de entrevista, Lázaro tem nos permitido falar sobre representatividade, empoderamento e visibilidade.
Artifícios que vão além da reparação, porque não se trata de reparação, mas de potencialização humana, social e econômica.
É preciso muito esforço para isso, e Lázaro Ramos tem ajudado no debate de que pessoas negras são pessoas como quaisquer outras, e precisam ser respeitadas e consideradas como tais. De que negro não é um adjetivo para colocar um indivíduo em uma posição segregada e enquadrá-lo em perspectivas pequenas, limitantes.
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Trechos:
“Ó Paí, Ó”, de Monique Gardenberg.
“Na minha pele’: entrevista com Lázaro Ramos”, Nexo Jornal
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