Também os brancos sabem dançar

“Também os Brancos Sabem Dançar”, lançado pela editora Todavia, conta a história de Kalaf, um músico africano a caminho de um festival em Oslo, que é parado na divisa entre a Suécia e a Noruega por suspeita de ser um imigrante ilegal. Enquanto está em uma cela, ele considera sua própria história e como ela se entrelaça com o gênero musical do kuduro. O romance também conta a história de Sofia, uma portuguesa no coração da cena de dança de Lisboa, e Viking, um policial norueguês que tem o destino de Kalaf nas mãos.

O romance é uma autoficção das muitas experiências e aventuras do autor em prol da internacionalização do kuduro, enquanto membro da banda Buraka Som Sistema. Dividido em três partes com histórias distintas entre o kuduro, kizomba e uma Europa que se faz multicultural, o romance é carregado daquela atmosfera que fuzila os imigrantes, sobretudo refugiados: intolerância, recusa, indisposição.

Outros episódios

"A nação precisa acordar" é o livro lançado no Brasil pela editora Fósforo pra recupera a memória sobre um dos piores surtos de violência racial em toda a história, quando uma terrível onda de assassinatos, incêndios criminosos e saques foram realizados por pessoas brancas contra a comunidade afro-americana de Greenwood, em Tulsa, cidade do estado de Oklahoma, nos Estados Unidos. O livro é construído a partir do relato de Mary Elizabeth Jones Parrish, sobrevivente do massacre junto com sua filha, e que reúne nesta obra entrevistas com outros sobreviventes, além de fotos e uma lista parcial de bens perdidos naquele massacre. História que não pode ser esquecida, livro que precisa ser muito lido.

Na sua terceira temporada, Atlanta foi pra longe, conceitual e geograficamente. Ao nos brindar com episódios que servem como fábulas e ao levar Paper Boi pra uma turnê europeia, vemos que Atlanta nunca foi propriamente sobre Earn, Paper Boi e companhia, mas sempre teve um final de jogo maior em mente. Atlanta vai a lugares estranhos, mas com uma confiança familiar. Embora quatro anos tenham se passado desde a última temporada, a terceira demonstra que Atlanta continua tão cômica, confusa e necessária como sempre foi - talvez até mais do que antes.

Sobre o podcast

O melhor das séries, dos filmes, da literatura, da música, da cultura pop e tudo o que for interessante pra gente ter um papo preto, tá aqui. Todos os dias. A sua revista afrocentrada.

Equipe

Alê Garcia Co-fundador e Chief Creative Officer da Casablack. Um dos 20 creators negros mais inovadores do país segundo a Forbes. Uma das 100 Personalidades Negras Mais Influentes da Lusofonia segundo a Bantumen. Finalista do Prêmio Jabuti, ganhador do Prêmio Fundação Biblioteca Nacional, Profissionais do Ano da Rede Globo, entre outros.