Evandro Fióti, CEO da Laboratório Fantasma, foi homenageado na categoria “Artes e Mídia” durante o Gala de Reconhecimento da Humanidade, realizado na Fundação Casa Rui Barbosa, no Rio de Janeiro, no último feriado nacional de 20 de novembro. O evento, que integrou o Humanity Summit, destacou personalidades comprometidas com a justiça social, inclusão e diversidade, celebrando líderes como Benedita da Silva, Conceição Evaristo e Sonia Guajajara.
Sob sua liderança, a Laboratório Fantasma — que há 15 anos se consolidou como um dos principais hubs de entretenimento do Brasil — tornou-se uma referência em diversidade cultural e inclusão, com nomes como Emicida, Rael e Drik Barbosa em seu casting. Fióti, que acumula funções como produtor, cantor, educador e ativista cultural, reflete sua visão plural em cada projeto da empresa, promovendo o empoderamento de comunidades negras e periféricas.
“A cultura é uma das plataformas políticas mais importantes quando falamos de inclusão e diversidade. Por meio dela, podemos transformar as estruturas sociais e criar novas oportunidades para comunidades marginalizadas”, afirmou Fióti durante a premiação.
Reconexão diaspórica e impacto global
Guiado pela filosofia africana de Sankofa — “olhar para o passado, entender o presente e construir o futuro” — Fióti tem sido protagonista em debates de relevância global. Recentemente, participou como curador do YouTube Insiders, em Salvador, e integrou o painel “Pautas Negras” no Cria G20, evento paralelo à cúpula do G20. Durante o painel, ao lado de Isabel Fillardis, Raull Santiago e Edu Carvalho, o CEO discutiu temas como racismo ambiental, desigualdade social e o papel da representatividade em ambientes corporativos e na mídia.
“O Brasil vive um momento em que precisamos não apenas falar sobre diversidade, mas estruturar caminhos para que ela se torne parte da norma, especialmente nos espaços de liderança. Nossa luta é pela mudança nas narrativas e nas práticas”, declarou.
Agora, Fióti se prepara para expandir seu impacto em âmbito internacional. Na próxima semana, ele será um dos palestrantes do Angola Music e Business Network, principal evento da indústria fonográfica angolana. Realizado em Luanda, o encontro destaca a importância da reconexão diaspórica entre Brasil e os países lusófonos, especialmente por meio da música.
A palestra de Fióti, intitulada “A importância do produtor fonográfico”, abordará não apenas sua trajetória como executivo pioneiro no hip hop brasileiro, mas também o impacto cultural de projetos liderados pela Laboratório Fantasma, como o álbum Sobre Crianças, Quadris, Pesadelos e Lições de Casa, de Emicida. O disco, lançado em 2015, foi produzido entre Brasil, Cabo Verde e Angola e celebrou os 40 anos de independência dos países africanos de língua portuguesa.
“Participar de um evento como esse em Angola é a realização de um sonho que transcende gerações. É sobre honrar nossos ancestrais e fortalecer os laços entre Brasil e África por meio da cultura. Quero compartilhar o que aprendi e contribuir para construir pontes que promovam inclusão e desenvolvimento econômico para nossa gente”, disse Fióti.