O Web Summit Rio 2024 teve início no dia 16 de abril no RioCentro Expo Center, marcando sua segunda edição na capital fluminense. A conferência de quatro dias reúne mais de 600 autoridades trazendo provocações em diferentes temas e cerca de 1000 startups para discutir os avanços na tecnologia, especialmente a inteligência artificial e as suas aplicações no combate aos desafios globais como as alterações climáticas.
O festival, considerado um dos maiores eventos de tecnologia do mundo, tem como principal missão unir empreendedores, startups e investidores em busca de ideias que podem mudar o mundo de forma positiva.
Os principais temas destacados para debate nesta edição são o impacto da inteligência artificial na sociedade, a relevância dos criadores de conteúdo na economia, a busca de soluções para a crise climática e o ecossistema de serviços financeiros.
A abertura do evento foi conduzida por Paddy Cosgrave, fundador e CEO da Web Summit, que retornou após um afastamento de seis meses das operações da empresa, após renunciar ao cargo de diretor executivo devido a comentários sobre o conflito entre Israel e o Hamas.
Durante sua participação no palco principal, Cosgrave destacou repetidamente as belezas e potenciais do Rio de Janeiro e do Brasil. “Queremos que vocês conheçam pessoas. Conheçam oportunidades de negócios. Porque as pessoas que estão mudando o mundo estão aqui”.
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, expressou sua ambição de fazer do Rio a capital da inovação da América Latina, com o apoio da Web Summit. Também falando no palco principal do Web Summit Rio, ele ressaltou o progresso alcançado até então, afirmando: “A Web Summit, é claro, desempenha um papel fundamental nessa jornada”.
“Já somos sede de milhares de empresas de tecnologia, criando milhares de novos empregos nos últimos anos, mas queremos aumentar esses números exponencialmente”, acrescentou.
Por mais afroempreendedores
Entre os destaques desta edição do Web Summit está o fato de que, entre as startups que participam do evento, 22% são lideradas por pessoas negras.
Em entrevista para a Fast Company, Fernando Cabral, fundador da Rede Djassi, junto com seu irmão Rudolphe Cabral, contou que “está trabalhando para que, em pouco tempo, essa porcentagem seja muito maior.”
A Djassi é uma iniciativa, que tem como missão promover e apoiar black founders na construção de startups de tecnologia e inovação, e está trazendo 25 empresas brasileiras lideradas por pessoas negras para o evento. Metade delas, lideradas por mulheres.
Por serem grupos sub-representados, eles resolvem problemas muito específicos. Problemas que têm dor. (...) Estes grupos sub-representados estão comprometidos a resolver problemas reais.
“Por que existem startups? Por que existe inovação? Para resolver problemas reais. Quanto mais grupos diversos houver, olhando para problemas diversos, mais problemas resolvidos teremos. Quanto mais grupos sub representados existirem, mais soluções e mais inovação teremos.”, contou Fernando Cabral.