No episódio quatro deste podcast, eu contei como, no dia 11 de agosto de 1973, na região do Bronx, em Nova York, o DJ Kool Herc organizou uma festa que mudou os rumos da história para sempre. Tocando apenas o instrumental e os breaks das músicas de funk e soul da época, o público presente na festa foi ao delírio e os MCs também curtiram tanto a novidade que começaram a acrescentar rimas às batidas, deixando as festas ainda mais animadas. Desde então, a cultura hip-hop se tornou esta grande potência da música, da dança, da arte e da moda. 

A cena ganhou um corpo gigante nas ruas de Nova York, e uma música fundamental no processo de fazer ele ser exportado para o resto do planeta foi “Rapper’s Delight”, do grupo Sugarhill Gang, lançada em 1979.

Como esta viagem de sucesso do hip-hop desembarca no Brasil, ganha vida e cara própria, é o que eu vou contar neste episódio.

 

Outros episódios

Sobre o podcast

Como nasceu a black music? Quem são os grandes nomes do funky, do soul, do rap? Como a música negra evoluiu para o que consumimos hoje? Como o Brasil recebeu a black music nos anos 70? Gerson King Combo, Tim Maia, Jorge Ben, Tony Tornado. Quem foram os artistas que adotaram o black pra fazer da Black Rio um expoente da cultura afro no Brasil? Furacão 2000 e Soul Grand Prix, donas das festas fundamentais para que a soul music, sob influência do funk, pudesse cravar suas raízes definitivas em nosso país, fazendo os bailes ganharem força nos ano 80. Num primeiro momento, as realidades das comunidades. Depois, os bondes: Bonde do Tigrão, MC Marcinho, Tati Quebra Barraco e muitos, muitos outros. Corta para os anos 2000: o funk ostentação traz uma nova roupagem. É tempo de MC Guimê, MC Livinho, MC Gui, cantando sobre carros importados, roupas de marca, festas e mulheres bonitas. E como tudo que é bom é absorvido pelo pop, nomes como Anitta, Ludmilla, Lexa e MC Rebecca dão continuidade, incrementando o funk e o popularizando como um dos gêneros mais tocados no Brasil. Mas o soul mais próximo da sua origem sempre deixou sua marca naqueles descendentes de Tim Maia. Estão aí Ed Motta, Wilson Simoninha, Max de Castro, Leo Maia e tantos outros que não nos deixam mentir. Mas e depois disso? Pra onde a black music vai?

Equipe

Alê Garcia
Alê Garcia Co-fundador da Casablack. Um dos 20 creators negros mais inovadores do país segundo a Forbes. Uma das 100 Personalidades Negras Mais Influentes da Lusofonia segundo a Bantumen. Finalista do Prêmio Jabuti, ganhador do Prêmio Fundação Biblioteca Nacional.

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