A diáspora africana não só se encarregou de espalhar negros e negras escravizados pelas colônias inglesas, espanhola, francesa, portuguesa e holandesa, nas Américas, Se encarregou também de espalhar as culturas das mais variadas etnias. E a música sempre fez parte da vida do africano. Para cada momento da vida havia um tipo de canção. E recordar as canções de seus povos era uma forma tanto de não se perder o elo com a própria origem, quanto abrandar os sofrimentos da escravidão.
Foi assim que surgiram nas plantações de algodão do sul dos EUA as work songs. No Brasil, também, se ouviam cantos de trabalho nos diversos canaviais onde haviam escravizados. Nos Estados Unidos, a música negra era conhecida como race music e só foi batizada de black music nos anos 40, pela revista Billboard. Depois ela tomou dois rumos: o religioso, através do spiritual e, depois, do gospel; e o mundano, que é o blues, pai do rock’n’roll, pai do jazz e suas infindáveis ramificações, pai da soul music, a parte mais sensual da black music. Daqui vamos para o rhythm and blues e para o funk, com toda sua musicalidade e seu ritmo marcantes.
E é sobre a black music, toda a sua riqueza inquestionável e tudo o que ela veio a se transformar, que vamos falar neste podcast